O papel das agências de rating na Securitização

As agências de classificação de risco são empresas que qualificam determinados produtos financeiros tanto de empresas, como de governos ou países, avaliam, atribuem notas e classificam esses países, governos ou empresas, de acordo com o grau de risco de que não paguem suas dívidas no prazo fixado. Essas avaliações são fundamentais para os investidores, que confiam nas classificações para decidir se devem ou não escolher uma determinada emissão.

Como funciona a Securitização

A securitização envolve várias etapas, desde a seleção dos ativos até a emissão dos títulos. Primeiramente, os originadores de empréstimos selecionam os ativos que serão securitizados, com base em critérios como qualidade do crédito e diversificação. Em seguida, os ativos são agrupados em uma entidade separada, conhecida como veículo de propósito especial (VPE), que emite os títulos lastreados nesses ativos. Os títulos são então vendidos a investidores, que recebem pagamentos com base nos fluxos de caixa gerados pelos ativos.

Importância das agências de rating

No ramo da Securitização, sejam Cotas de FIDCs, Debêntures, Cédulas de Crédito Bancário ou Certificados de Recebíveis Imobiliários, as agências de rating avaliam a qualidade dos títulos emitidos com base nos ativos subjacentes. As avaliações das agências de classificação de risco influenciam diretamente a capacidade das instituições de emitir títulos e o interesse dos investidores.

Além disso, as agências proporcionam medidas de risco de uma vasta gama de entidades de todos os tipos e regiões geográficas, dando aos investidores uma melhor compreensão da estrutura de risco de mercados com os quais está menos familiarizado.

O processo de atuação no ramo da Securitização é pautado pela criação e análise do fluxo de caixa previsto por um contrato específico ou pelos recebíveis usados como garantia para os ativos que estão sendo classificados. Em casos nos quais há estruturas complexas, como subordinação ou sobrecolateralização, também se considera os fluxos que vêm dos recebíveis usados para reforçar o crédito.